Recentemente, Clara Rodrigues Bezerra, mais conhecida como Clarinha, ganhou uma liminar para participar da 17ª Supercopa América de Futsal 2019, organizada pela Super Esporte 10, em Balneário Camboriú, SC. A ALIFA se solidarizou muito com o caso, em especial as advogadas do estado de Santa Catarina, que participarão do IV Campeonato da ALIFA, de 1 a 7 de setembro. Segundo a advogada Patrícia de Souza, jogadora de um dos times de SC, “nosso grupo sempre seguirá com o apoio para evitar qualquer tipo de discriminação, e a favor do futebol feminino.” Clarinha, que tem 10 anos, participa de um time de futebol misto no Pará, atualmente como goleira no time Tuna Lusa Portuguesa. A pequena tentou fazer a inscrição na competição da Super Esporte 10, mas foi impedida, com o argumento de que seriam aceitos somente meninos.
De acordo com dra. Patrícia, o regulamento da 17ª Supercopa América de Futsal 2019 não estabelecia regras para participação. Na ação de obrigação, que pedia danos materiais e morais, os argumentos utilizados foram de que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), todos são crianças até 12 anos, e até 18, adolescentes. Há diversos estudos, ainda, que mostram não haver diferenças biológicas entre meninos e meninas até 13 anos. Além disso, nas categorias iniciais, não pode haver exploração da atividade do futebol como algo profissional ou laboral. Após a vitória de Clarinha na justiça, a garota foi inclusive convidada para participar da Ibercup, torneio de futebol feminino infantil, que aconteceu dos dias 24 a 26 de julho em São Paulo. A ALIFA trará Clarinha para Brasília e prestará homenagem à pequena no dia 1º de setembro, no Congresso Técnico.